Irá completar no dia 25/11/10, 5 anos em que o mundo desportivo ficou mais pobre após a perda de um dos "filhos" mais queridos.
Nós amantes do desporto motorizado, somos muitas vezes confrontados com a morte de muitos pilotos, que apesar de não os conhecermos pessoalmente, sentimos muitas vezes que os conhecemos para além do plano físico, é por eles que fazemos muitos quilómetros, que ficamos muitas horas sem dormir só para os ver passar apenas por breves momentos a todo o "vapor" mesmo à nossa frente. Eles não sabem quem nós somos, mas sabem que estamos lá para eles. Sabem que estamos lá para os apoiar.
Foi com enorme dor e pesar que naquele dia de Novembro me deparei com a noticia da morte do Richard Burns. A dor e o sentimento de injustiça ainda hoje me acompanha, sempre que me lembro de quem FOI e de quem É Richard Burns.
Eu nunca tive o privilégio de conhecer o Richard Burns enquanto homem comum, apenas o conheço enquanto piloto, mas aqueles que o conheceram pessoalmente, falam de um homem honesto, carinhoso, divertido, amigo dos seus amigos e grande HOMEM de família.
A carreira dele todos nós podemos consultar no Wikipédia, mas eu não vim prestar um tributo ao piloto, não, eu vim antes, prestar um tributo ao homem de família, ao amigo e à pessoa fantástica que ele era.
Por isso, e já quase com lágrimas nos olhos, eu aqui neste meu cantinho à beira mar plantado, AGRADEÇO do fundo meu coração as recordações de me deste, as alegrias que me ofereceste, e o exemplo de coragem e paixão que me deixaste.
Até ao dia em que nos iremos conhecer;
OBRIGADO POR TUDO HERÓI. OBRIGADO.
In Autosport.
Richard Burns
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Richard Burns 250px
Richard Burns (esquerda) no checkpoint final do Rali da Grã-Bretanha de 1999. Registros no Campeonato Mundial de Rali Nacionalidade

Índice
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[editar] Carreira
Começou a conduzir num terreno perto de sua casa aos 8 anos, no Triumph 2000 de seu pai. Aos 11 anos Richard juntou-se ao Clube Automóvel de Sub 17, onde tornou-se condutor no ano de 1984. Apenas dois anos mais tarde o pai arranjou uma viagem a Jan Churchill´s Welsh Forest Rally School perto de Newtown, Richard conduziu um Ford Escort nesse dia, e a partir desse momento Richard ficou a saber o que queria fazer.
Ele convenceu o pai a inscreve-lo no Craven Motor Club, localizado na sua cidade natal, Reading, onde o seu talento despertou a curiosidade e interesse do intusiasta David Williams.
Em 1990 Richard juntou-se à Peugeot Challenge após David Williams comprar um Peugeot 205 GTI a Richard e ter feito o seu primeiro teste num rali do campeonato do mundo no Reino Unido. Em 1991 Richard conhece Robert Reid, o homem que seria seu co-piloto nos próximos 12 anos. Esta foi uma das mais longas duplas de sempre dos ralis.
Em 1993 juntou-se à equipa Subaru Rally Team para participar no Campeonato Inglês de Rali, onde Alister McRae ganhou por quatro vezes.
[editar] WRC
[editar] 1996-1998: Mitsubishi
A época de 1996 abriu com a apresentação do Mitsubishi a nível internacional, coroado com a vitória de Richard no Rali da Nova Zelândia. Em 1998, Richard venceu o Rali Safari, ao volante de um Mitsubishi Carisma GT.
[editar] 1999-2002: Subaru
1999 culminou de forma substancial o campeonato, Burns lutava para manter o seu segundo lugar. Em 2000 venceu o Rali da Argentina. Também em 2000, era um candidato ao título, mas um acidente no Rali da Finlândia a meio da temporada, entregou o título ao seu futuro companheiro de equipa, Marcus Grönholm. No final da temporada de 2006, venceu o Rali de Gales, mantendo o seu nome na consciência de todos.
A temporada de 2001 começou de forma atribulada para Burns, nem o Rali de Monte Carlo ou da Suécia trouxeram pontos ao inglês. Um 4º lugar no Rali de Portugal relançou a luta pelo título, seguido de dois 2º lugares no Rali da Argentina e Chipre, sendo a vitória em ambos para Colin McRae. Desta vez nem Tommi Mäkinen, iria tirar a vitória a Burns, na Nova Zelândia num domingo a 25 de Novembro de 2001, Burns tornou-se no primeiro inglês a vencer o campeonato do mundo. Richard levou o seu Subaru Impreza ao 3º lugar no Reino Unido. Quando Richard cruzou a linha de meta, as famosas palavras saídas da sua boca prestaram tributo ao seu co-piloto Robert Reid: “És o melhor do mundo”. A Subaru produziu uma edição especial do Subaru Impreza no Reino Unido, designado de RB5.
[editar] 2002-2003: Peugeot
Com dez títulos de construtores, a marca francesa esparava regressar ás vitórias no mundial, o que tal não veio a suceder, a passagem de Burns pela marca ficou-se pelo medíocre. Em Novembro de 2003 e no final da época no Rali de Gales, Burns teve um “apagão” enquanto se dirigia para o rali. Acabou por não integrar o rali, sendo-lhe diagosticado um astrocitoma, um tipo de tumor cerebral. Esteve internado no hospital no verão de 2004, sendo sujeito a quimioterapia e radioterapia, sendo operado em Abril de 2005, tendo corrido com sucesso a mesma.
[editar] Vitórias no WRC
# Evento Temporada Co-piloto Carro 1










Na noite de sexta-feira de 25 de Novembro de 2005, Burns morre aos 34 anos, após ter estado em coma durante alguns dias, devido ao tumor. A morte de Burns teve a mesma importância e impacto que o futebolista George Best. O programa de televisão Top Gear conhecido pela atitude irreverente face às celebridades, prestou tributo a Burns a 4 de Dezembro de 2005. O apresentador Jeremy Clarkson, disse que: “as notícias estavam em estado de choque, em relação à morte de Richard Burns”.
Após o visionamento de umas fotografias de Burns, Clarkson que vivia perto de Burns, partilhou um episódio em que Burns jogava vídeo jogos com o seu filho de 7 anos e disse: “era um óptimo rapaz. Irei sentir imensas saudades.”
Um memorial foi erguido em St. Lukes´s Church em Chelsea. A Subaru também prestou a última memória em Castle Combe em 2006, quando mais de 50 Subaru Impreza RB5s foram para a estrada, incluindo o RB5 com o número 1 conduzido por Alex Burns, pai de Richard Burns. A Subaru anunciou uma edição especial, o Impreza WRX STI para 2007 (já está no activo) – o RB320- em memória a Burns.
O seu legado será lembrado por muitos, incluindo a banda escocesa Travis, que dedicou um álbum, The Boy with No Name, em sua memória.
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