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Um Governo a semear ventos
12 Janeiro 2012 | 23:30
Helena Garrido - Helenagarrido@negocios.pt


As lideranças económicas e políticas portuguesas andam a fazer tudo para alimentar o populismo, a revolta e a implosão social. Nomeações, excepções e negócios de TDT explodiram e ameaçam acabar de vez com a expectativa de mudança na cultura de poder.
As lideranças económicas e políticas portuguesas andam a fazer tudo para alimentar o populismo, a revolta e a implosão social. Nomeações, excepções e negócios de TDT explodiram e ameaçam acabar de vez com a expectativa de mudança na cultura de poder. Que conteúdo resta nos apelos do primeiro-ministro e do ministro das Finanças para todos juntos, em conjunto e em colaboração, vencermos esta crise?

Pedro Passos Coelho disse ontem que "não é crime ser militante de um partido". Claro que não. Bem pelo contrário. A militância partidária é (devia ser? Ou foi?) a forma democrática de participar na resolução dos problemas de uma sociedade. Militar num partido é prepara-se para exercer o poder em nome do povo e para o povo. Significa (significava) generosidade, capacidade de sacrifício, dedicação ao bem público e coragem para enfrentar poderes instalados. Sim, há ainda quem seja assim. Mas parecem cada vez menos.

Claro que ninguém poderia esperar um milagre só porque Pedro Passos Coelho disse que com ele seria diferente ou porque Paulo Portas teve sempre um discurso moralizador. Os partidos estão doentes, profunda e lamentavelmente doentes. E quem milita neles, ou para eles trabalha, em pouco ou nada contribui para melhorar o estado

das coisas. Os partidos são cada vez mais, aos olhos do cidadão comum, placas giratórias para bons empregos ou rendimentos chorudos.

Convencer os jovens de que a política é uma das actividades mais nobres que se pode abraçar é rapidamente colocado em causa quando os acompanhamos numa visita ao Parlamento. Das galerias, os jovens vão vendo deputados no Facebook, a conversarem quando alguém discursa ou ainda a mostrarem ao colega do lado as fotografias que tiraram nas últimas férias. Diz o povo que quem não se dá ao respeito tem o que merece. Como quem não respeita nem parece preocupar-se com os seus concidadãos.

Nesta explosão de notícias que alimentam a revolta, comecemos pela Televisão Digital Terrestre. A primeira fase do dito "apagão analógico" começou ontem. Quem ainda não tem TV por cabo terá de gastar, no mínimo, cem euros. Mas há 10% da população portuguesa que vai ficar naquilo que se designa por "zona sombra", ou seja, não consegue apanhar o sinal da TDT através de um simples descodificador. Terá de comprar também uma antena satélite. Imaginem onde estão e quem são essas pessoas? Vivem em zonas isoladas, são idosas e, obviamente, têm recursos muito escassos. Pois vão ficar sem televisão. É assim que o poder os trata.

Ao mesmo tempo, em Lisboa, o Governo, mais concretamente a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, nomeia para a Águas de Portugal um militante do PSD que é presidente da Câmara do Fundão mas que já não se pode recandidatar. Não está em causa o "curriculum" de Manuel Frexes, está em causa tudo aquilo que parece, porque a política também é isso. E isto acontece dias depois de se conhecer a constituição do Conselho-geral e de Supervisão da EDP, que passará de 17 para 23 membros e poderá custar, em salários, 1,4 milhões de euros. São 25 cêntimos pagos por cada um dos 5,3 milhões de famílias clientes da EDP com facturas médias de 50 euros.

Populismo? Pois é por trás dessas acusações de populismo que se têm escondido das críticas muitos dos abusadores do poder. O que o Governo e algumas lideranças económicas estão a fazer é a semear ventos. Uma irresponsabilidade que alimenta tempestades.
Um Governo a semear ventos- A Escolha do Editor - Jornal de negócios online
 
A filha de Braga de Macedo e o nosso dinheiro
Daniel Oliveira (Expresso | Notícias de atualidade nacional e internacional, economia, opinião e multimédia)

8:00 Sexta feira, 13 de janeiro de 2012

Sabemos que Braga de Macedo foi ministro das Finanças de Cavaco Silva e que é militante do PSD, pelo qual foi deputado. Sabemos que foi nomeado por Passos Coelho para definir a política externa económica deste governo, à qual Paulo Portas não ligou pevide. Sabemos que depois disso foi escolhido, com Eduardo Catroga, Celeste Cardona e Paulo Teixeira Pinto, todos do PSD e do CDS, para o Conselho de Supervisão da EDP. Sabemos que é Presidente do Conselho Diretivo do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT). Não sabemos, nem em princípio teríamos nada que saber, que tem uma filha, Ana Macedo, que é artista plástica.
Ana Macedo fez, em Julho do ano passado (só agora tive acesso a essa informação) uma exposição em Maputo. "Caras e Citações: uma interpretação estética sobre Universidade, Cultura e Desenvolvimento". A exposição teve o apoio do Instituto Camões. E, coisa rara, não foi no seu centro cultural, mas na bonita estação de caminhos-de-ferro (que tive oportunidade de conhecer) . Teve o apoio do Instituto Camões. Continuo a não ter nada para dizer. É excelente que o Instituto Camões apoie e divulgue os artistas plásticos portugueses (deixo de fora deste texto qualquer consideração sobre a qualidade da exposição, que aqui não vem ao caso, até porque só vi as fotos da dita ). E o facto da artista ser filha de quem é não a deve prejudicar. Portugal é pequeno e a probabilidade de alguém ser filho de alguém com responsabilidades em alguma área não é pequena.
O problema vem depois. Além do Instituto Camões, outra instituição do Estado apoiou o acontecimento. Sim, já adivinharam: o Instituto de Investigação Científica Tropical. O mesmíssimo que o pai da artista plástica dirige. Garante um português que vive em Maputo há quinze anos e que conhece bem a vida cultural da cidade que nunca o IICT patrocinou algum acontecimento cultural em Maputo .
Alertado por este post, fui investigar a coisa. Bastaram uns telefonemas e umas buscas na Net. É tudo é feito às claras, como se se tratasse da coisa mais natural do mundo. O apoio do IICT a esta exposição e a esta artista já vem de Lisboa, com uma parceria entre a Faculdade de Letras (no âmbito do seu centenário) e este laboratório do Estado , através do seu projeto "Saber Continuar". Na altura, a artista agradeceu "por esta oportunidade de criar um projeto que se tem revelado propício à partilha de metas comuns de desenvolvimento cultural" . Mas mais ainda: outra exposição Ana Macedo, em Março de 2010, agora sobre Jorge Borges de Macedo (pai do presidente e avô da artista - fica tudo em família), contou com o apoio desta instituição pública, mais uma vez no âmbito do tal projeto "Saber Continuar". E parei aqui a investigação, com a certeza que iria encontrar muito mais nesta frutuosa relação familiar com dinheiros públicos.
É natural que Braga de Macedo goste da sua filha e a tente ajudar na sua carreira. Assim fazem todos os pais. Não é natural que use os nossos recursos para o fazer. O IICT não lhe pertence nem é uma fundação ou empresa privada. É-me desconfortável falar da vida familiar de qualquer pessoa. Até porque odeio que falem da minha. Mas é quem usa o que é de todos para ajudar os seus que expõe a sua família ao escrutínio público. Faz mal duas vezes: a nós e a quem quer ajudar.
Caberá a Braga de Macedo explicar este comportamento eticamente inaceitável. Com que critérios usou dinheiros do Estado (pouco ou quase nada, tanto faz) para apoiar a carreira da sua própria filha? Como explica o mais despudorado dos nepotismo na gestão da coisa pública? E mais não digo, que começo a ficar cansado de tanto desplante.

Ler mais: A filha de Braga de Macedo e o nosso dinheiro - Expresso.pt
 
e aquele que comprou umas torres da maçonaria por 7 mil euros para o gabinete dele???

com dinheiro público :evil:
 
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Mais do mesmo...
 
...e infelizmente, desconfio que nem a meio vai...
...ainda há muito e boa empresa pública, para vender... e colocar os "amigalhaços"...

...só anda de olhos tapados quem quer...
 
...só anda de olhos tapados quem quer...

se calhar andas mesmo lol

já viste a noticia por completo? analizas-te bem??

é que pelo que eu ouvi na radio

o socrates fez as nomeações que fez em 2.5 meses e o passos foi em 7 meses

sendo que do total de nomeações que fez 80% foram recolocações ou seja já eram funcionarios publicos

e já para nao falar que se o passos coloca lá alguem do PSD é porque antes tinha lá alguem do PS
 
Eu ainda não percebi o problema disto.. Nem sendo PS, PSD ou PPZezeDoTacho..

A questão é... Se fossem vocês não colocavam alguém do vosso conhecimento, em quem vocês confiassem?

Ora se eu sou do PSD é natural que conheça as pessoas do PSD.... Se for do PS é natural que conheça mais pessoas do PS...
 
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