Apresento-vos um dos meus brinquedos e uma grande paixão, este muito especial por razões que perceberão a seguir.
O projecto começou há cerca de 3 anos atrás, mas para nos localizarmos melhor, temos de recuar um pouco mais no passado:
Já ando de mota desde os 12 anos, inicialmente sempre em duas rodas. Quando finalmente tirei a carta, troquei a montada (DTR125) por um carro. Passado pouco tempo comprei uma Blaster para me divertir no monte, e aí começou o vicio das 4 rodas. Não foi preciso muito para perceber que a Blaster não me chegava, além de ser pequena para a minha altura (tenho 1m85), e aí troquei-a pela minha primeira Banshee. Era de 95, roxa, vinha completamente de origem, ainda com os pistões originais! Não tardou muito até começar a alterar a mota, que ficou mais ou menos assim:
Entretanto e depois de umas corriditas, esses plásticos começaram a entregar a alma ao criador, um pistão agarrou e aproveitei para fazer uma revisão mais profunda. Pistões novos (os únicos em toda a vida dela nas minhas mãos), uma preparação leve (cilindros, pistões, carburadores e escapes), e aproveitei para desmontá-la toda, galvanizar o quadro, pintá-lo, pintar os plásticos, adaptar rolamentos de agulhas nos triângulos, e fazer umas experiências com a distribuição de massas que mais á frente explico. O resultado foi este:
Quando acabei o curso, por motivos económicos fui obrigado a vender a mota, e tenho que admitir que a entreguei com uma lágrima no canto do olho… Nunca me esquecerei de vê-la no atrelado do comprador a ir embora, fiquei com um calafrio na espinha… Jurei a mim mesmo que compraria outra assim que a oportunidade aparecesse. Passaram 3 anos até que esta oportunidade apareceu!
Há cerca de um ano comprei a minha segunda Banshee em muito mau estado, mas por um preço minimamente justo considerando os estragos. Mais importante que isso, achei-a uma boa base para um projecto que já vinha a magicar há muito tempo, porque o quadro estava direitinho, não haviam empenos nunca tinha batido.
Não tenho foto de como a mota chegou porque deitei logo mãos á obra no primeiro dia, mas passadas poucas horas estava assim:
Como podem ver, uma miséria… Depois de toda desmontada, teve quase um ano encostada em casa dum pressuposto amigo que se ofereceu para fazer os triângulos mais largos. Um ano inteiro, mentiras após mentiras, e nada de triângulos… Chamadas rejeitadas, ausências de casa sempre que tocava á campainha, até um dia que teve o azar de estar a sair de casa no momento em que cheguei! Carreguei o quadro e o resto das peças da mota que por lá estavam e entre grunhidos de desagrado levei-a para minha casa. Já cá está há um mês, e decidi fazer tudo pelas minhas mãos, com a excepção da reparação/preparação do motor.
E é pelo motor mesmo que vou começar. Entreguei-o ao meu mecânico de sempre e de confiança, que o abriu todo e deitou mãos à obra. Diagnóstico: precisava de pistões (já sabia), uma biela tinha folga e o cárter estava estalado junto ao parafuso do óleo.
Uma semana mais tarde fui buscá-lo. Pistões novos ultra leves com revestimento a grafite da Nakamuro Technologies , bielas aligeiradas da Hot Rod, pequenos polimentos nos garfos da caixa, janelas dos cilindros preparadas e polidas, lamelas em carbono Boyesen, kit de jiglers e de agulhas Dinojet e kit de acelerador rápido com tampas de carburador e afinador de ralentida Pró Design. Entretanto arranjei uns escapes DEP completos que mandei cromar. O cárter foi soldado, a rosca do parafuso do óleo teve que ser alterada e levou um parafuso novo.
Enquanto não recebi o motor, comecei a tratar o quadro. Cortei todos os apoios que não pretendo utilizar (batentes dos escapes e apoios dos faróis) e depois da primeira lixadela, reparei que já tinha sido galvanizado pelo anterior dono, por isso só foi preciso pintar. A cor escolhida foi o azul típico Yamaha, uma cor estupidamente difícil de acertar, que implica dar um aparelho base próprio, a cor de fundo, o efeito cromático e depois o verniz. Foi tudo feito em casa, com um compressor do continente e uma pistola do AKI que custou 9 euros! O resultado é este:
Enquanto pintava o quadro, mandei eletrozincar todos os parafusos, fêmeas e tudo o que não fosse pintado de origem (patins, coluna de direcção…). Chegado o motor, começou a fase de montagem. Entretanto também chegaram os escapes da cromagem:
Reparem nos apoios do radiador, nas molas dos escapes e nos parafusos, tudo eletrozincado:
Comecei a simplificar toda a instalação eléctrica, e tive que fabricar 2 apoios para a caixa do filtro porque os originais estavam partidos. Escolhi uma tampa transparente para poder ver o estado do filtro sem ter que tirar a tampa, e alterei o suporte do filtro para ficar fixo á caixa (o suporte de origem desencaixa com muita facilidade) bem ao estilo do Pró-Flow:
E agora o mais interessante… O maior handicap da Banshee é a falta de tracção, quer pela resposta do motor quer pela distribuição de massas entre os eixos. Depois de alguma literatura, e tentando seguir o exemplo de alguns pilotos de MX americanos que teimam em usar Banshees, resolvi deitar mão á obra e aproximar o eixo traseiro do centro de massa da mota. Para isso, desfiz todo o braço oscilante, encurtei-o em 5cm e voltei a refazê-lo. Tive a preciosa ajuda de um profissional para as soldas, e mantive a aparência original para que não se note a modificação. A quem tiver uma Banshee, convido a ver as diferenças. Mandei eletrozincar em preto e dei uma camada de verniz:
Mandei fabricar um eixo mais largo 8cm de cada lado, e também o eletrozinquei, tal como as estrelas das rodas, o apoio da cremalheira e do disco. A cremalheira é uma VAZ e o amortecedor levou uma forra. Aproveitei para meter tubagens em malha de aço:
A medida pretendida para os triângulos não existe em nenhuma marca (daí a razão pela qual ia fabricá-los), por isso para já vou experimentar uns de fabrico nacional apenas com 5cm para cada lado, e ver o comportamento da mota. Antecipo algum nervosismo da frente, pelo que provavelmente terei que os trocar por outros que avancem as rodas, de maneira a aumentar a distância entre eixos.
Finalmente encontrei uns triângulos usados com a medida pretendida. Com o encurtamento do braço oscilante a distância entre o eixo e o ponto de apoio do braço oscilante diminuiu. Se mantivesse a medida original dos triângulos, a distância entre eixos também ficaria reduzida, e provavelmente teria problemas de estabilidade a altas velocidades e uma frente demasiado nervosa. A solução que eu tinha idealizado era montar uns triângulos mais largos 2” e que avancem as rodas 1”. Foi difícil encontrar uns usados, mas eles apareceram… Mostro fotos mais á frente…
Chegada a protecção de disco (nacional e de muito boa qualidade), foi tempo de a montar, e de sangrar o travão de trás. Ainda preciso de uma tampa para o lugar do parking brake…
Aqui estão os patins direito e esquerdo eletrozincados, foram cortados e soldados de novo numa posição 2,5cm mais recuada. O selector de velocidades e o pedal do travão também sofreram alterações, para acompanhar o recuo dos patins. Esta nova posição melhora a distribuição de massas quando saltamos, pois todo o peso do corpo está sobre os patins, que agora estão mais próximos do eixo do braço oscilante.
Comprei uma manete de embraiagem Domino, mais rápida que a original, novos punhos, e pintei o suporte da manete e o reservatório do óleo do travão da frente em cinzento. Optei por subir o guiador 5cm através de uns espaçadores para uma posição de condução mais relaxada, e montei um punho de gás com menos curso. O guiador é um fat bar.
Os amortecedores da frente já no sitio, com as devidas forras de protecção:
Os apoios originais do quadro para os faróis foram cortados, e apliquei uns faróis mais pequenos no mesmo lugar. Poupa-se peso e ganha-se apresentação, já que os originais são horríveis…
O tubo do radiador vinha encostado a um dos escapes, já meio derretido. Cortei a parte amolecida, emendei com um tubo de inox e prendi ao quadro:
As jantes originais ainda estavam em bom estado, não precisaram de reparação. Pintei-as de preto fosco para dar aquele look factory racing (estava na altura de por a mota no chão…). Para já ficam estes pneus meios ranhosos para fazer a rodagem ao motor nas calmas pela estrada, e mais tarde virão outros…
Os triângulos que arranjei têm afinação de camber superior e inferior, e também afinação de caster. A montagem foi particularmente trabalhosa, porque tive que acertar a afinação do camber e do caster antes de apertar os parafusos todos. Implica montar e desmontar as vezes que forem precisas até ficar direito. Deixei o camber com alguns graus de abertura, e o caster na posição original. Ficam as experiências com a afinação do caster para mais tarde…
As rotulas que permitem afinar o caster:
A remoção do travão de mão deu lugar a uma Block-off plate da Quad Racing:
A marca escolhida para o kit de autoculantes foi a One:
Os nerf-bars em alumínio nacionais (tal como a protecção de disco, de muito boa qualidade)
O front bumper da AC Racing:
O motor, cuja preparação tem assinatura do meu mecânico e amigo:
A capa de assento do kit de autoculantes estava esgotava, para não ficar á espera mandei um estofador fazer uma com material anti-derrapante:
Também comprei uma tampa do depósito em alumínio maquinado da Quad Racing:
A escolha dos pneus foi para a Kenda, com os Klaw MXF á frente, e os Klaw XCR atrás. Não é uma combinação muito usual, mas queria baixar o centro de gravidade da mota, sem abdicar das capacidades TT. Como a altura ao solo era maior á frente, sacrifiquei-a com os MXF,enquanto atrás mantive a altura normal com os XCR:
Finalmente, as fotos gerais quando ficou pronta (pensava eu... :twisted
Já de rodagem feita
Um filmezinho do grito da besta:
[youtube]7WTykJ4Gb7g[/youtube]
Então aqui vão as últimas mods que fui fazendo aos poucos desde que a pus pronta:
Como a embraiagem tem molas reforçadas e discos mais abrasivos, não demorei muito a ganhar caimbras nos dedos de apertar a manete... Então meti uma embraiagem hidráulica Hebo, bastante mais macia, progressiva quanto baste... Funciona muito bem e o preço não é exagerado:
Tive que fazer um suporte em inox:
Durante o verão, montei-lhe 4 espaçadores (para além dos triângulos com mais 2,5cm de largura, o eixo com +8cm e as 4 jantes viradas ao contrário...) porque contava dar uns passeios na estrada com ela e com a minha cara-metade, mas gostei tanto da estabilidade acrescida que já não os tirei. São um exagero para andar no monte, eu sei, por isso vou acabar por tira-los, mas para já vão ficando... É que assim posso fazer rotundas inteiras em powerslide no alcatrão seco!
Para remover os interruptores e corta-corrente original do guiador, adaptei um interruptor das luzes:
Troquei o guiador por um Pro-Taper com esponja.... É mais alto, mas a posição de condução ainda não está a meu gosto, tenho agora um Magura para testar
Por fim, as fotos gerais (desculpem a pobre qualidade, mas o telemovel não permite melhor):
O projecto começou há cerca de 3 anos atrás, mas para nos localizarmos melhor, temos de recuar um pouco mais no passado:
Já ando de mota desde os 12 anos, inicialmente sempre em duas rodas. Quando finalmente tirei a carta, troquei a montada (DTR125) por um carro. Passado pouco tempo comprei uma Blaster para me divertir no monte, e aí começou o vicio das 4 rodas. Não foi preciso muito para perceber que a Blaster não me chegava, além de ser pequena para a minha altura (tenho 1m85), e aí troquei-a pela minha primeira Banshee. Era de 95, roxa, vinha completamente de origem, ainda com os pistões originais! Não tardou muito até começar a alterar a mota, que ficou mais ou menos assim:
Entretanto e depois de umas corriditas, esses plásticos começaram a entregar a alma ao criador, um pistão agarrou e aproveitei para fazer uma revisão mais profunda. Pistões novos (os únicos em toda a vida dela nas minhas mãos), uma preparação leve (cilindros, pistões, carburadores e escapes), e aproveitei para desmontá-la toda, galvanizar o quadro, pintá-lo, pintar os plásticos, adaptar rolamentos de agulhas nos triângulos, e fazer umas experiências com a distribuição de massas que mais á frente explico. O resultado foi este:
Quando acabei o curso, por motivos económicos fui obrigado a vender a mota, e tenho que admitir que a entreguei com uma lágrima no canto do olho… Nunca me esquecerei de vê-la no atrelado do comprador a ir embora, fiquei com um calafrio na espinha… Jurei a mim mesmo que compraria outra assim que a oportunidade aparecesse. Passaram 3 anos até que esta oportunidade apareceu!
Há cerca de um ano comprei a minha segunda Banshee em muito mau estado, mas por um preço minimamente justo considerando os estragos. Mais importante que isso, achei-a uma boa base para um projecto que já vinha a magicar há muito tempo, porque o quadro estava direitinho, não haviam empenos nunca tinha batido.
Não tenho foto de como a mota chegou porque deitei logo mãos á obra no primeiro dia, mas passadas poucas horas estava assim:
Como podem ver, uma miséria… Depois de toda desmontada, teve quase um ano encostada em casa dum pressuposto amigo que se ofereceu para fazer os triângulos mais largos. Um ano inteiro, mentiras após mentiras, e nada de triângulos… Chamadas rejeitadas, ausências de casa sempre que tocava á campainha, até um dia que teve o azar de estar a sair de casa no momento em que cheguei! Carreguei o quadro e o resto das peças da mota que por lá estavam e entre grunhidos de desagrado levei-a para minha casa. Já cá está há um mês, e decidi fazer tudo pelas minhas mãos, com a excepção da reparação/preparação do motor.
E é pelo motor mesmo que vou começar. Entreguei-o ao meu mecânico de sempre e de confiança, que o abriu todo e deitou mãos à obra. Diagnóstico: precisava de pistões (já sabia), uma biela tinha folga e o cárter estava estalado junto ao parafuso do óleo.
Uma semana mais tarde fui buscá-lo. Pistões novos ultra leves com revestimento a grafite da Nakamuro Technologies , bielas aligeiradas da Hot Rod, pequenos polimentos nos garfos da caixa, janelas dos cilindros preparadas e polidas, lamelas em carbono Boyesen, kit de jiglers e de agulhas Dinojet e kit de acelerador rápido com tampas de carburador e afinador de ralentida Pró Design. Entretanto arranjei uns escapes DEP completos que mandei cromar. O cárter foi soldado, a rosca do parafuso do óleo teve que ser alterada e levou um parafuso novo.
Enquanto não recebi o motor, comecei a tratar o quadro. Cortei todos os apoios que não pretendo utilizar (batentes dos escapes e apoios dos faróis) e depois da primeira lixadela, reparei que já tinha sido galvanizado pelo anterior dono, por isso só foi preciso pintar. A cor escolhida foi o azul típico Yamaha, uma cor estupidamente difícil de acertar, que implica dar um aparelho base próprio, a cor de fundo, o efeito cromático e depois o verniz. Foi tudo feito em casa, com um compressor do continente e uma pistola do AKI que custou 9 euros! O resultado é este:
Enquanto pintava o quadro, mandei eletrozincar todos os parafusos, fêmeas e tudo o que não fosse pintado de origem (patins, coluna de direcção…). Chegado o motor, começou a fase de montagem. Entretanto também chegaram os escapes da cromagem:
Reparem nos apoios do radiador, nas molas dos escapes e nos parafusos, tudo eletrozincado:
Comecei a simplificar toda a instalação eléctrica, e tive que fabricar 2 apoios para a caixa do filtro porque os originais estavam partidos. Escolhi uma tampa transparente para poder ver o estado do filtro sem ter que tirar a tampa, e alterei o suporte do filtro para ficar fixo á caixa (o suporte de origem desencaixa com muita facilidade) bem ao estilo do Pró-Flow:
E agora o mais interessante… O maior handicap da Banshee é a falta de tracção, quer pela resposta do motor quer pela distribuição de massas entre os eixos. Depois de alguma literatura, e tentando seguir o exemplo de alguns pilotos de MX americanos que teimam em usar Banshees, resolvi deitar mão á obra e aproximar o eixo traseiro do centro de massa da mota. Para isso, desfiz todo o braço oscilante, encurtei-o em 5cm e voltei a refazê-lo. Tive a preciosa ajuda de um profissional para as soldas, e mantive a aparência original para que não se note a modificação. A quem tiver uma Banshee, convido a ver as diferenças. Mandei eletrozincar em preto e dei uma camada de verniz:
Mandei fabricar um eixo mais largo 8cm de cada lado, e também o eletrozinquei, tal como as estrelas das rodas, o apoio da cremalheira e do disco. A cremalheira é uma VAZ e o amortecedor levou uma forra. Aproveitei para meter tubagens em malha de aço:
A medida pretendida para os triângulos não existe em nenhuma marca (daí a razão pela qual ia fabricá-los), por isso para já vou experimentar uns de fabrico nacional apenas com 5cm para cada lado, e ver o comportamento da mota. Antecipo algum nervosismo da frente, pelo que provavelmente terei que os trocar por outros que avancem as rodas, de maneira a aumentar a distância entre eixos.
Finalmente encontrei uns triângulos usados com a medida pretendida. Com o encurtamento do braço oscilante a distância entre o eixo e o ponto de apoio do braço oscilante diminuiu. Se mantivesse a medida original dos triângulos, a distância entre eixos também ficaria reduzida, e provavelmente teria problemas de estabilidade a altas velocidades e uma frente demasiado nervosa. A solução que eu tinha idealizado era montar uns triângulos mais largos 2” e que avancem as rodas 1”. Foi difícil encontrar uns usados, mas eles apareceram… Mostro fotos mais á frente…
Chegada a protecção de disco (nacional e de muito boa qualidade), foi tempo de a montar, e de sangrar o travão de trás. Ainda preciso de uma tampa para o lugar do parking brake…
Aqui estão os patins direito e esquerdo eletrozincados, foram cortados e soldados de novo numa posição 2,5cm mais recuada. O selector de velocidades e o pedal do travão também sofreram alterações, para acompanhar o recuo dos patins. Esta nova posição melhora a distribuição de massas quando saltamos, pois todo o peso do corpo está sobre os patins, que agora estão mais próximos do eixo do braço oscilante.
Comprei uma manete de embraiagem Domino, mais rápida que a original, novos punhos, e pintei o suporte da manete e o reservatório do óleo do travão da frente em cinzento. Optei por subir o guiador 5cm através de uns espaçadores para uma posição de condução mais relaxada, e montei um punho de gás com menos curso. O guiador é um fat bar.
Os amortecedores da frente já no sitio, com as devidas forras de protecção:
Os apoios originais do quadro para os faróis foram cortados, e apliquei uns faróis mais pequenos no mesmo lugar. Poupa-se peso e ganha-se apresentação, já que os originais são horríveis…
O tubo do radiador vinha encostado a um dos escapes, já meio derretido. Cortei a parte amolecida, emendei com um tubo de inox e prendi ao quadro:
As jantes originais ainda estavam em bom estado, não precisaram de reparação. Pintei-as de preto fosco para dar aquele look factory racing (estava na altura de por a mota no chão…). Para já ficam estes pneus meios ranhosos para fazer a rodagem ao motor nas calmas pela estrada, e mais tarde virão outros…
Os triângulos que arranjei têm afinação de camber superior e inferior, e também afinação de caster. A montagem foi particularmente trabalhosa, porque tive que acertar a afinação do camber e do caster antes de apertar os parafusos todos. Implica montar e desmontar as vezes que forem precisas até ficar direito. Deixei o camber com alguns graus de abertura, e o caster na posição original. Ficam as experiências com a afinação do caster para mais tarde…
As rotulas que permitem afinar o caster:
A remoção do travão de mão deu lugar a uma Block-off plate da Quad Racing:
A marca escolhida para o kit de autoculantes foi a One:
Os nerf-bars em alumínio nacionais (tal como a protecção de disco, de muito boa qualidade)
O front bumper da AC Racing:
O motor, cuja preparação tem assinatura do meu mecânico e amigo:
A capa de assento do kit de autoculantes estava esgotava, para não ficar á espera mandei um estofador fazer uma com material anti-derrapante:
Também comprei uma tampa do depósito em alumínio maquinado da Quad Racing:
A escolha dos pneus foi para a Kenda, com os Klaw MXF á frente, e os Klaw XCR atrás. Não é uma combinação muito usual, mas queria baixar o centro de gravidade da mota, sem abdicar das capacidades TT. Como a altura ao solo era maior á frente, sacrifiquei-a com os MXF,enquanto atrás mantive a altura normal com os XCR:
Finalmente, as fotos gerais quando ficou pronta (pensava eu... :twisted
Já de rodagem feita
Um filmezinho do grito da besta:
[youtube]7WTykJ4Gb7g[/youtube]
Então aqui vão as últimas mods que fui fazendo aos poucos desde que a pus pronta:
Como a embraiagem tem molas reforçadas e discos mais abrasivos, não demorei muito a ganhar caimbras nos dedos de apertar a manete... Então meti uma embraiagem hidráulica Hebo, bastante mais macia, progressiva quanto baste... Funciona muito bem e o preço não é exagerado:
Tive que fazer um suporte em inox:
Durante o verão, montei-lhe 4 espaçadores (para além dos triângulos com mais 2,5cm de largura, o eixo com +8cm e as 4 jantes viradas ao contrário...) porque contava dar uns passeios na estrada com ela e com a minha cara-metade, mas gostei tanto da estabilidade acrescida que já não os tirei. São um exagero para andar no monte, eu sei, por isso vou acabar por tira-los, mas para já vão ficando... É que assim posso fazer rotundas inteiras em powerslide no alcatrão seco!
Para remover os interruptores e corta-corrente original do guiador, adaptei um interruptor das luzes:
Troquei o guiador por um Pro-Taper com esponja.... É mais alto, mas a posição de condução ainda não está a meu gosto, tenho agora um Magura para testar
Por fim, as fotos gerais (desculpem a pobre qualidade, mas o telemovel não permite melhor):