Arranque a frio motores TDI

Olá a todos.

Com este tópico pretendo ajudar todos aqueles que como eu não encontram solução para este problema.

Não sou nenhum entendido em mecânica, apenas quero partilhar a minha experiência na resolução deste problema que muita dor de cabeça me deu durante muito tempo!

Tenho um A3 2.0 TDI Sportback de 2004 (BKD) com caixa DSG.

Estou muito satisfeito com ele, mas desde que o comprei, sempre custou a pegar a frio! Os sintomas são comuns a muitos utilizadores aqui no fórum e a muitos outros, muitos mesmo, que tenho encontrado em sites e fóruns por todo o mundo!...

- A quente pega sem problemas, a frio a história é outra!

- Custa a pegar a 1ª vez no dia, depois pega sempre bem, a não ser que fique parado mais de 4 ou 5 horas, aí custa de novo a pegar! Demora por vezes quase 5 segundos a pegar e quando finalmente pega, parece que fica instável por momentos, como se lhe faltasse gasóleo...
Notei que as variações de temperatura exterior faziam diferença, parecia que quanto mais quente, melhor.
De referir que levou uma cabeça nova aos 102.000m pela AUDI, (começa por B) cheguei a pensar que fosse de novo o mesmo problema, mas o liquido refrigerante nunca desceu no nível, não fazia fumo branco no arranque, por isso coloquei de lado essa hipótese...

Com o VAGCOM comecei por verificar erros...nada! Eis o que verifiquei a seguir por ordem;

- A injeção não estava no ponto, estava a -3.60! Pensei logo que estava aqui o problema, coloquei a 0 mas não resolveu o problema, apesar de notar uma enorme melhoria no ralenti (o motor está muito suave e silencioso agora)
- Alterei a injeção (Injection Quantity)
- Sensores de temperatura do radiador e do motor
- Tubagens gasóleo sem fugas, mas mesmo assim coloquei válvula antirretorno
- Verifiquei o funcionamento da bomba do gasóleo no depósito
- Filtro gasóleo trocado (Reservatório do filtro foi também purgado)
- Motor de arranque limpo
- Bateria nova
- injetores limpos (purga feita com LIQUI MOLY direto aos injetores)
- Cablagem dos injetores
- Todos o pontos de passagem do polo negativo na baía do motor foram lixados e limpos


Depois de tudo isto feito houve melhorias no comportamento do motor, mas o problema do arranque persistia...
Depois de muita pesquisa cheguei à conclusão que estava perante um problema de feitio e não um defeito, principalmente nestes motores BKD!

Até que encontrei este vídeo...

O PROBLEMA ESTÁ NO MAPA DE INJEÇÃO! Tem a haver com a relação quantidade de gasóleo vs rotação no momento de fazer pegar!...

Existem 2 soluções para resolver este problema;

1- Alterar o mapa de injeção (mais complicado e eu não sei fazer)
2- Ou fazer como no vídeo e como eu fiz também!

Meti mãos à obra e apesar de algum trabalho, pois o sensor está num local de difícil acesso (no lado direito do motor e na parte de baixo), descobri os 2 fios provenientes do sensor, e a um deles cortei-o ficando assim com 2 pontas, a seguir foi só fazer uma extensão das mesmas pontas até dentro do habitáculo (utilizei um cabo elétrico de 2 condutores) (aproveitei um ponto onde já havia a passagem de cablagem para dentro do habitáculo para o inserir).

Comprei um interruptor "invertido" (Não estou certo do nome correto). Este interruptor funciona ao contrário dos interruptores comuns pois na realidade FAZ SEMPRE CONTACTO, e quando se aciona/pressiona corta a ligação/contacto existente.

Arranjei uma resistência de 10K (10.000 OHM)(*) que foi colocada mesmo antes do interruptor, ligada a ambos os fios do cabo - vejam este esquema que fiz: https://app.box.com/s/viluthr4eyeqdeaw1ttz

Como funciona tudo isto?
A resistência está a fazer ligação direta entre os dois fios, se não houvesse o interruptor, a resistência alterava o valor a circular no fio para a centralina, ou seja, era a resistência que prevalecia. Mas como o interruptor está constantemente a fazer contacto, então a resistência não funciona, somente no momento em que se pressiona o interruptor, este corta a ligação que vem do sensor e este mesmo sinal é obrigado a passar pela resistência!...

Consoante a temperatura do motor, o sensor envia um valor (medido em OHM) para a centralina que o interpreta em Graus (º), ora o truque disto tudo está em adulterar esse valor fazendo a centralina do carro "pensar" que está muito frio! É aqui que entra a nossa querida resistência em ação. A centralina faz instantaneamente as correções necessárias para que o carro pegue com tanto frio.

PROCEDIMENTO: BASTA DAR Á CHAVE E ASSIM QUE O SIMBOLO DAS VELAS DE INCANDESCÊNCIA APAGAR(**) PRESSIONAM O INTERRUPTOR E 1 SEGUNDO DEPOIS É SÓ DAR À CHAVE E O CARRO PEGA! Exatamente como no vídeo!

Tão simples como isto e acreditem... pega tão rápido que quase nem dão pelo motor de arranque!
Há quase 5 meses que utilizo este truque e até agora 5 estrelas ;)

(*) Podem utilizar outras resistências, mas sempre acima de 4K, porque abaixo disso pode não resultar (Não posso confirmar pois também não testei)

(**) Se pressionarem o interruptor antes das velas apagarem, o que acontece é que as velas vão ficar muito mais tempo acesas, não tem mal nenhum, mas não vale a pena sequer queimá-las prematuramente com o uso...

Fiz um teste curioso... num dia pela manha antes de ligar o carro pela 1ª vez, liguei o VAGCOM e fiz a leitura dos sensores, e ambos davam a mesma temperatura +9º, pressionei o interruptor e o sensor da temperatura do motor desceu instantaneamente para os -18º

Espero ter ajudado e espero que este tópico não tenha ficado confuso e longo!... :D

Cumprimentos
 
Last edited by a moderator:
Nos 1.9tdi vp havia uma adaptação no vag-com para aumentar o tempo das velas ligadas. Não sei se existe nos 2.0tdi.

Existe ainda uma adaptação para a quantidade de injecção no arranque, que deve melhorar bastante o arranque a frio também.

Isso de andar a fazer manhas nos sensores não acho que seja o mais correcto de se fazer...
 
Também ha quem altere o mapa de injeção por 50€, limpo e fácil.
É procurar na net e até se não me engano é user aqui no fórum, mas não me lembro do nick
 
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