Re: O Misterio do Voo AF447 Air France- Ingles
Quando a Airbus ou outro fabricante emite AD (Airworthiness Directive) com caracter obrigatório e em que todos os operadores são obrigados a cumprir, existe sempre um tempo limite de aplicação porque como deves calcular numa companhia como a Airfrance com centenas de avioes de varias "marcas" mas concretamente com umas boas dezenas de A330 mudar 3 tubos de pitot não é uma coisa que se faça de um dia para a noite, e normalmente esse tipo de modificações são agendadas para inspeções em que o avião permaneça no hangar 1 ou 2 dias, sem falar nos custos porque é daquelas coisas que se costuma dizer " quem não tem dinheiro não tem aviões" , agora a manobra que eu referi para sair de uma "perda" é aprendida no curso Base de piloto e não é uma manobra de formação especifica do avião em sí, agora a grande verdade é que eu estou aqui a falar de boca cheia mas tou com o meu cu sentadinho no meu sofá e tenho tempo para analisar calmamente a situação, outra é estar lá sentado com o menino nas mãos, mas é para isso que eles tem imenso treino, não me venham dizer que não treinaram o suficiente a "perda".
Agora como disse no post anterior os Airbus são aviões que não se "sentem" ou seja os pilotos não tem aquele feeling que estão a pilotar um avião ( é a mesma coisa que pegares num carro com direcção assistida sem ser progressiva e altamente assistida, não consegues receber o "feedback" da direcção e não sentes o que o carro esta a fazer certo?) e só para te dar um exemplo concreto nos airbus como todos os comandos são dados por inputs a computadores existem unidades que te simulam a sensação de velocidade ( comandos mais pesados) para que o piloto tenha alguma percepção, mas não é a mesma coisa que " O Pau que está ligado directo a superficie de comando"
Agora como nestes aviões modernos existe muitos automatismos que tomam conta de 90 % do vôo, a atenção prestada aos instrumentos acaba por ser menor, quer se queira quer não.
Não quero dizer com isto que a culpa é sempre dos pilotos, nem pensar, até que temos sempre que ver que em ultima instância é o cú deles que lá vai, mas se formos a analisar profundamente a causa da maior parte dos acidentes aereos, normalmente foi por uma má decisão da crew perante uma falha que isolada raramente teria um desfecho tão trágico.
Poderei dar vários exemplos se quiseres.