A incrivel historia de Tetsuya Ota

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Se forem hoje à página inicial da versão inglesa do Wikipédia, devem encontrar o nome de Tetsuya Ota, um piloto japonês. Ele é protagonista de uma incrivel história de sobrevivência, ocorrida a 3 de Maio de 1998, no Circuito de Fuji, no Japão.

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=KVqNO6q5f0E[/youtube]

Nesse dia, ocorria a segunda prova do campeonato japonês de GT, no circuito que alberga agora a Formula 1. E tal como aconteceu este ano, chovia torrencialmente nesse dia e a visibilidade era mínima. Após a volta inicial, sob o Safety-Car, a corrida começou com ele à frente, a uma velocidade de 150 km/hora, ao que ele abrandou na primeira curva. Imediatamente atrás, a confusão instala-se: dois Porsches 911 GT2, de Tomohiko Sunako e de Kaoru Hoshino colidem, tendo um deles ficado na berma do lado esquerdo da pista. Segundos depois, o Ferrari F355 de Tesuya Ota entra em "acquaplanning" e embate em cheio no Porsche guiado por Sunako, explodindo em chamas. Sunako sai do carro com uma perna partida, enquanto que Ota fica no Ferrari incendiado por mais de um minuto, sofrendo queimaduras no nariz (a viseira de plástico tinha-se derretido) e no braço, ombro e mão direita. A corrida foi cancelada, e Ota nunca mais competiu.


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Depois de uma longa convalescença (que implicou cirurgia reconstrutiva ao nariz), em Novembro de 1999, o piloto decidiu processar os organizadores da Fuji Speedway, bem como a Federação Japonesa de Automobilismo, os organizadores da JGTC Series, e o clube organizador da corrida. Quatro anos depois, em Novembro de 2003, o juiz Tsuyoshi Ono decidiu que todos eles eram culpados de negligência grosseira e condenados a pagar uma indemnização de 300 milhões de ienes (cerca de 1,5 milhões de euros). Mais tarde, chegou-se a um acordo, onde a indemnização chegou aos 90 milhões de ienes (450 mil euros).


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Havia boas razões para que Ota processasse os organizadores: ficou mais de 90 segundos dentro do carro, enquanto este era engolido pelas chamas, a reacção foi muito lenta, e quando conseguiu ser retirado do carro por um comissário de pista, a falta de um carro médico fez com que fosse socorrido por um dos veículos da organização, em vez de uma ambulância. Também o facto do Safety Car rolar a 150 km/hora no momento do acidente, em vez de rolar a uns recomendáveis 60 km/hora, contribuiu para o desastre.


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Pouco tempo depois, foi feito um documentário sobre o incidente, de seu nome "Crash". Hoje em dia, Tetsuya Ota dirige a Tezzo, uma preparadora de carros "tunning" especialmente Alfa Romeo, enquanto que conta a sua história de vida nas escolas um pouco em todo o Japão, onde é visto como um herói. Mas no final, o verdadeiro milagre foi o de não ter morrido ninguém nesse dia.



Fonte: http://continental-circus.blogspot.com
 
Uma historia muito boa.. Desconhecia..

Felizmente teve a sorte de sair.. E o fato fez o seu trabalho.. :D
 
:eek: :eek: :eek: Chiça,e se 90 segundos para nós parece tempo demais nem quero imaginar a aflição daquele piloto preso dentro do carro em chamas á espera de socorro,aqueles 90 segundos devem ter-lhe parecido anos
 
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